segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Professores são desvalorizados pelo Estado

Edital aberto pela Secretaria de Educação de Minas Gerais disponibiliza 17 mil vagas em concurso público. 

Há cargos para Conservatórios de Música, Ensino Especial, Ensino Religiosos e Ensino Regular (Fundamental e Médio).

O concurso coloca mais uma vez a educação na pauta do dia. Só que com valência negativa. 

Isso porque, na avaliação da Secretaria, o professor aprovado não deve receber mais do que R$1.455,30 para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais. 

Jornada que não é real. Além de reuniões esporádicas e módulos (período em que o professor fica na escola para preparar atividades didáticas) ainda é preciso elaborar, corrigir exercícios e provas, planejar aulas, preencher diários. Uma centopeia que acumula várias missões. 

A desvalorização, no entanto, não fica nisso. As formações universitárias estão muito precárias. Cursos à distância ou faculdades de qualquer esquina não preparam profissionais devidamente. 

É claro, há um esforço pessoal e um investimento do indivíduo que não podem ser negados, mas muitos cursos de licenciatura não fornecem a base para quem realmente quer exercer o magistério.

Magistério que há muito vem perdendo sua função. Na sala de aula, professores são reféns do quadro, do giz, do livro e do blá-blá-blá. O mundo se modernizou, mas os investimentos não contemplaram as novas tecnologias.

Celulares tomam a atenção dos alunos e, aos professores, não resta a atitude autoritária de tomar o aparelho. Se bem usado, os telefones móveis, com todos seus recursos, podem ser uma ferramenta valiosa do processo ensino/aprendizagem.

Inclusive o professor Google pode desempenhar papel relevante nas pesquisas. O buscador leva os estudantes a locais que, talvez, jamais poderiam visitar pessoalmente.

Isso tudo depende de estímulo na formação do professor. Algo que está longe de acontecer. E, com um salário irrisório, ao educador é impossível investir em cursos de aprimoramento. 

Enquanto o governo não entender que é função precípua estabelecer metas para o desenvolvimento da educação em consonância com os novos tempos, veremos matérias negativas referentes aos diversos âmbitos educacionais.

Aos que se interessam pelo concurso, clique aqui.  

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