segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Contém glúten. E daí?

As dietas estão cada vez mais restritivas. O alarde vem de todos os lados e insistem para que fechemos a boca. 

Não se pode comer pães e massas por conta do glúten. Refrigerante, proibido. Em uma latinha, são 36 gramas de açúcar. 

Aquele torresminho, nem pensar. Aumenta o colesterol, que acumula gordura nas veias, que causa infarto e que leva o sujeito para a cova.

É claro que o objetivo de todos é ter uma vida saudável. É preciso ponderar o tamanho do prato. Não por acaso a gula é considerada um dos sete pecados capitais.

E daí? Creio que Jesus Cristinho não vá me punir por conta de uns miligramas de açúcar, uns mililitros de lactose a mais. Não arriscaria dizer que gerações anteriores à minha comeram de tudo e viveram muito. 

Apesar da falta conhecimento científico sobre o assunto, tenho algumas suspeitas. Parece que há uma indústria, várias delas, que disseminam riscos que entram pela boca. Há muito exagero nesse padrão que nos obriga a frequentar academias, tomar whey protein e nos enfiar em roupas infanto-juvenis.

Também há exagero na filosofia macrobiótica. Que coisa mais chata um prato de cereais, legumes e frutas. Falta uma pitada de sal, um tiquinho de óleo. 

Há algum tempo, sugeriram que a dieta do futuro seria se alimentar de luz. Ainda bem que esse futuro não chegou. Não tenho vocação para fotossíntese e acho que verde clorofila não combina comigo.

Enquanto isso, procuro usar o bom senso. Não me escravizo aos ditames dessa indústria que quer me enfiar goela abaixo aquilo que chama de saudável. Também não vou jogar um quilo de sal nas minhas fritas, nem comer todos os dias o isopor McDonald's.

Como diziam os mais velhos, "o que não mata engorda". Para esses falaciosos da vida saudável, o melhor cardápio é um bom prato de angu e feijão.  

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