quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Cangurus representam fatia considerável da população

Não tem mais o que inventar. Depois das gerações Baby Boomer, X, Y e Z especialistas copiam moda e criam uma nova modalidade de classificação. É a hora e a vez da chamada geração "Canguru".

Como o próprio nome sugere, cangurus são aqueles que não querem sair da bolsa dos pais. Têm entre 25 e 34 anos de idade, e morar com a família proporciona pulos mais altos na educação.

Segundo pesquisa do Ibge divulgada nesta quarta-feira (17), nos últimos dez anos, os cangurus proliferam. Passaram de 21,2% para 24,6% entre jovens de 25 e 34 anos.

O Instituto não explica o motivo para esse aumento, mas aponta algumas vantagens de morar na bolsa dos pais. 

A taxa de ocupação do grupo é alta, 90,7% estão no mercado de trabalho. Eles também lideram o ranking entre as pessoas com maior tempo de escolaridade. Em média, estudam 10,9 anos.

A região Sudeste é a que possui maior número de cangurus na faixa. Ao todo são 26,8%.

Esse número tende a crescer na famílias com maior poder aquisitivo. O Ibge não lista todas as capitais, mas cita Fortaleza como exemplo.

Por lá, famílias com rendimento superior a dois salários mínimos per capta chegam a ter 21,9% de cangurus.

A bolsa se esvazia quando quando a renda familiar cai para meio salário mínimo. Nesse caso, os cangurus de Fortaleza não passam de 9,4%.

Não há nenhum dado sobre a região das Vertentes. Mas por aqui a tendência é que o número de cangurus também seja alto. Fatores culturais, como só sair de casa depois do casório, e os baixos salários seguram os jovens por mais tempo na casa, ou melhor, na bolsa dos pais. 

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